quarta-feira, 15 de março de 2017

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Video sobre o crime da Banca de Frutas da Praça Raul Pila

Vídeo sobre o crime da Banca de Frutas da Praça

No centro de Porto Alegre-RS, Brasil, há 40 anos havia, na praça Raul Pila, uma banquinha de fruta 24h. Esta é a historia de uma das várias bancas de Porto Alegre que estão sendo sistematicamente retiradas pelas autoridades municipais, numa campanha de "limpeza" e "embelezamento" do centro da cidade.

Este vídeo foi produzido durante a oficina do Coletivo Catarse para os participantes do I Colóquio de Educação Libertária da UFRG.
Mais fotos aqui

Assista o vídeo aqui

Download do vídeo: http://thepiratebay.org/torrent/5166294/A_Banca_de_Fruta_que_Incomodou

Defenda a Banca do Seu Machado!
Abraço libertário

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Ressonância de Shumann

Autor: Leonardo Boff

Não apenas as pessoas mais idosas mas também jovens fazem a experiência de que tudo está se acelerando excessivamente. Ontem foi Carnaval, dentro de pouco será Páscoa, mais um pouco, Natal. Esse sentimento é ilusório ou tem base real?

Pela ressonância Schumann se procura dar uma explicação. O físico alemão W.O. Schumann constatou em 1952 que a Terra é cercada por um campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera, cerca de 100km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (dai chamar-se ressonância Schumann), mais ou menos constante, da ordem de 7,83 pulsações por segundo.

Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida. Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma frequência de 7,83 hertz.

Empiricamente fez-se a constatação de que não podemos ser saudáveis fora dessa frequência biológica natural. Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schumann, adoeciam. Mas submetidos à ação de um simulador Schumann recuperavam o equilíbrio e a saúde. Por milhares de anos as batidas do coração da Terra tinham essa freqüência de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico. Ocorre que a partir dos anos 80, e de forma mais acentuada a partir dos anos 90, a freqüência passou de 7,83para 11 e para 13 hertz.

O coração da Terra disparou. Coincidentemente, desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. Devido à aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória,mas teria base real nesse transtorno da ressonância Schumann.

Gaia, esse superorganismo vivo que é a Mãe Terra, deverá estar buscando formas de retornar a seu equilíbrio natural. E vai consegui-lo, mas não sabemos a que preço, a ser pago pela biosfera e pelos seres humanos. Aqui abre-se o espaço para grupos esotéricos e outros futuristas projetarem cenários, ora dramáticos, com catástrofes terríveis, ora esperançadores, como a irrupção da quarta dimensão, pela qual todos seremos mais intuitivos, mais espirituais e mais sintonizados com o biorritmo da Terra.

Não pretendo reforçar esse tipo de leitura. Apenas enfatizo a tese recorrente entre grandes cosmólogos e biólogos de que a Terra é, efetivamente, um superorganismo vivo, de que Terra e humanidade formamos uma única entidade, como os astronautas testemunham de suas naves espaciais. Nós, seres humanos, somos Terra que sente, pensa, ama e venera. Porque somos isso, possuímos a mesma natureza bioelétrica e estamos envoltos pelas mesmas ondas ressonantes Schumann.

Se queremos que a Terra reencontre seu equilíbrio, devemos começar por nós mesmos: fazer tudo sem estresse, com mais serenidade, com mais harmonia, com mais amor, que é uma energia essencialmente harmonizadora. Para isso importa termos coragem de ser anticultura dominante, que nos obriga a ser cada vez mais competitivos e efetivos. Precisamos respirar juntos com a Terra, para conspirar com ela pela paz.

fonte: http://www.ida.org.br/artigos/shumann.htm

domingo, 9 de dezembro de 2007

Abaixo ao Light!

A Associação para a anarquia ontolológica conclama um boicote de todos os produtos comercializados sob a senha de LIGHT - cerveja, carne, doces, comésticos, música, 'estilos de vida' pré-fabricados, o que for. O conceito de LIGHT (no Jargão situacionista) desdobra um complexo de simbolismos através do qual o Espetáculo espera controlar toda a repulsa contra o seu mercantilismo do desejo. O produto 'natural', 'orgânico', 'saudável' é designado para um setor do mercado constituído por pessoas levemente insatisfeitas que apresentam um quadro mediano de horror do futuro & possuem uma aspiração mediana por uma autenticidade tépida. Um nicho foi preparado para você, suavemente iluminado pelas ilusões de simplicidade, limpeza, elegância, uma pitada de ascetismo & autonegação. Claro, custa um pouco mais caro... afinal, o que é LIGHT não foi feito para primitivos pobres & famintos que ainda consideram...


comida nutrição & não décor. Tem de custar mais — senão, você não compraria. A classe média americana (não sofisme, você sabe o que quero dizer) divide-se naturalmente em duas facções opostas, mas complementares: os exércitos da Anorexia & os da Bulimia. Casos clínicos dessas doenças representam apenas a espuma psicossomática sobre a onda de uma patologia cultural profunda, difusa & amplamente inconsciente. Os que sofrem de bulimia são os yuppies que se fartam com margaritas & videocassetes, & depois se purgam com alimentos LIGHT, jogging & ginástica (an)aeróbica. Os anorexos são rebeldes por um "estilo de vida", seguidores da última moda em alimentação, comedores de algas, tristes, desespiritualizados & abatidos — mas presunçosos em seu zelo puritano & em seus instrumentos de autoflagelo com design sofisticado. A grotesca junk food simplesmente representa o outro lado da vampiresca healthfood: — nada tem gosto...


de nada que não seja isopor ou aditivos — tudo é ou entediante ou cancerígeno — ou ambos — & incrivelmente estúpido. Seja ela crua ou cozida, a comida não pode escapar do simbolismo. Ela, & simultaneamente também representa, aquilo que é. Toda comida é comida para a alma; ignorar isso é cortejar uma indigestão, tanto crônica quanto metafísica. Mas na abóbada sem ar da nossa civilização, em que praticamente toda experiência é mediada, em que a realidade é filtrada através da malha mortífera da percepção-consenso, perdemos o contato com a comida como nutrição; começamos a construir para nós mesmos personas baseadas naquilo que consumimos, tratando produtos como projeções da nossa aspiração pelo autêntico. A AAO às vezes visualiza o CAOS como uma cornucópia de criação contínua, um tipo de gêiser de generosidade cósmica. Portanto evitamos advocar qualquer dieta específica, a última coisa que queremos é ofender a...


Sagrada Multiplicidade & a Divina Subjetividade. Não vamos azucriná-los com mais uma prescrição New Age para a saúde perfeita (só os mortos têm saúde perfeita); temos interesse pela vida, não por 'estilos de vida'. Adoramos leveza verdadeira, & o denso & elaborado nos deleitam na sua hora apropriada. O excesso nos cai perfeitamente; a moderação nos agrada, & aprendemos que a fome pode ser o mais fino dos temperos. Tudo é leve, & as flores mais exuberantes crescem ao redor da privada. Sonhamos com mesas falansterianas & com os cafés de Bolo'Bolo onde todo grupo festivo de convivas compartilhará a genialidade individual de um BrilIat-Savarin40 (aquele santo do bom gosto). O xeque Abu Sa'id41 nunca economizou dinheiro ou mesmo guardou-o de um dia para o outro - portanto, sempre que algum patrono doava uma quantia generosa para a sua fraternidade de religiosos, os dervixes celebravam com um banquete; &, nos outros dias, todos passavam fome.

A idéia era apreciar os dois estados, cheio & vazio... O produto LIGHT faz uma paródia do vazio espiritual & da iluminação, assim como o McDonalds traveste o imaginário da completitude & da celebração. O espírito humano (para não mencionar a fome) pode conquistar & transcender todo esse fetichismo — a alegria pode irromper mesmo num Burger King, & até uma cerveja LIGHT talvez esconda uma dose dionisíaca. Mas por que deveríamos continuar lutando contra esta maré suja de produtos insossos, fajutos & caros, quando poderíamos estar bebendo o vinho do Paraíso agora mesmo, sob nossas próprias parreiras & figueiras? A comida pertence ao reino da vida diária, a arena principal de todo ato» insurrecional de tornar-se poderoso, de toda auto-elevação espiritual, de toda ré- tomada do prazer, de toda revolta contra a Máquina Planetária do Trabalho & seus desejos de imitação. Mantenhamo-nos longe de todo dogmatismo. Que o 'caçador de uma tribo indígena americana...

possa alimentar sua alegria com um esquilo frito; & o anarco-taoísta, com um punhado de damascos secos. Milarepa, { o tibetano, depois de dez anos de sopa de macarrão, comeu um bolo de manteiga & alcançou a iluminação. Um bronco não percebe eros nenhum num champanhe 'fino; um feiticeiro pode se embriagar com um copo d'água. Nossa cultura, asfixiando-se em seus próprios poluentes, grita (como Goethe gritou por luz ao morrer) 'Mais LIGHT!'— como se esses efluentes poliinsaturados pudessem de algum modo aliviar nosso sofrimento, como se a sua insossa falta de peso, paladar & características pudesse nos proteger da escuridão crescente. Não! Esta última ilusão finalmente nos parece cruel demais. Apesar de nossas próprias tendências indolentes somos forçados a nos posicionar & protestar. Boicote! Boicote!


Leia outros manifestos:
fonte: http://www.pontodevista.jor.br/guerrilha/terrorismoH.htm

Laboratório de permacultura urbana em Sampa:

http://www.13luas.art.br/casadosholons/xps/modules/news/index.php?storytopic=1

Reciclar-te

como fazer uma vassoura de pet:




fonte:
http://www.recicloteca.org.br/passo.asp?Ancora=5


Madeira Plástica:

http://viversustentavel.wordpress.com/2007/07/15/madeira-plastica/

Ex-catador inventa equipamento que tranforma lixo em metano e renda

Com patente junto ao INPI, o Redgestor utiliza resíduos orgânicos encontrados no lixo.

Quem disse que somente papel, vidro, alumínio ou pneus podem ser fonte de renda para as pessoas que vivem de recolher lixo? Jocemar Silveira, que trabalha há 17 anos com catadores na região da Pedreira, zona sul de São Paulo, inventou o Redgestor, um equipamento que utiliza resíduos orgânicos de diversas origens e o converte em gás metano, fertilizante e ração animal.

De acordo com Silveira, o modelo utilizado atualmente é o aperfeiçoamento do protótipo e consegue produzir cerca de 13 kg de metano a cada ciclo de 72 h, tempo que leva para trocar os resíduos depositados no equipamento.

Para obter o metano (CH4) Silveira explica que 'alimenta' a máquina com restos de feiras, restaurantes e algas da beira da represa Billings. Em seguida adiciona água e um composto químico. Para obter o produto deixa os resíduos decantarem por 72 horas. Após filtragem feita em uma das válvulas do Redgestor o insumo já está pronto para encher botijões comuns.

Os resíduos que originam o gás também são aproveitados, se transformam em ração animal. A água que sai pela parte de trás do Redgestor fica repleta de microorganismos e pode ser utilizada como fertilizante.

O inventor:

Pernambucano de Olinda, Silveira está na capital paulista há 22 anos. Ele é o presidente da organização não-governamental (ONG) Pedra Sobre Pedra, nome da comunidade onde moram cerca de 30 mil pessoas na divisa entre São Paulo e Diadema. Após perder o emprego de operador de máquinas pesadas, viu no aterro sanitário localizado na Estrada do Alvarenga a solução imediata para o sustento da familia.

Conforme conta, Silveira verificou que os sacos de lixo 'inchavam' com o tempo e depois se incendiavam naturalmente. “A curiosidade me fez pesquisar o porquê disso.” E continua, “foi então que descobri o gás metano e que os resíduos podiam ser utilizados para gerar renda.”

O maior problema enfrentado na realização do projeto foi encontrar patrocínio para a construção da máquina. Após algumas tentativas os recursos foram disponibilizados pela ONG Moradia e Cidadania, formada por funcionários da Caixa Econômica Federal que contribuírma com R$ 8 mil “a fundo perdido”, revela ele. Hoje a ONG Pedra Sobre Pedra detém a patente do Redgestor com o registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e o nome do insumo produzido é gás metano ultra puro, outra patente da ONG. A terceira geração do equipamento já está sendo projetada, em dimensões maiores, mas a o que emperra o trabalho é a falta de patrocínio. Silveira está à procura de uma empresa ou órgão governamental que se disponha a investir cerca de R$ 30 mil para a construção de um novo Redgestor em local apropriado.

Segundo cálculos preliminares, esse novo Redgestor seria capaz de encher 50 botijões de 13 kg por dia e gerar renda mensal de R$ 500 a R$ 550 por família envolvida no trabalho. “Estamos abertos a qualquer investidor, seja de origem pública ou privada.” afirma Silveira. E conclui, “o Redigestor além de ajudar o meio ambiente, é uma alternativa de geração de renda que pode ser utilizada em todo o país.”

fonte: http://www.conpet.gov.br/busca.php?segmento=corporativo&string=redigestor&buscar.x=6&buscar.y=8

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Reciclando Papel Social


Como sempre é tempo de personalizar
aquela lembrancinha especial de Natal ou fim de ano, aproveite! Novas
técnicas revelam talentos por vezes desconhecidos. Também vale o
reencontro ou fazer novas amizades.O endereço para quem não lembra: Lopo
Gonçalves, 62 quase João Pessoa. Não tem problema em vir direto,
matriculando-se na hora, mas avisar por e-mail é uma gentileza.
Em 2008 contamos com você para continuarmos o trabalho de fazer do
papel um benéfico suporte de prosperidade para todos os seres.
Um mundo de abraços repletos de paz de toda a equipe da Papeloteca
Otavio Roth.

Programação de dezembro

dia 9 Domingo - 16 horas Chá de Confraternização Natalina (trazer um
tira gosto)
dia 11 Terça- 18:30 horas Encadernação Japonesa (R$25,00)
12 e 19 Quartas - 14:30h B-A-BÁ do Machê (R$50,00)
13 e 20 Quintas - 14:30 h Tudo é Possível: colagem e fantasia
(R$50,00)
dia 14 Sexta - 14:30 h Origami para Enfeites de Arvores
Natalinas (R$25,00)
dia 17 Segunda - 9:00 h Papel Artesanal de Fibras de Sisal (
R$25,00)
dia 17 Segunda - 14:30 h Tecnicas Decorativas para Cartões em Papel
Reciclado (R$25,00)

Mais dados dos cursos, fotos etc, em nosso site:
www.papeloteca.org.br

Horta de apartamento


www.aguasdosul.com.br/cristiano/minifundio/index.html

ALTERNATIVAS

Outra economia, além do capital
Espalham-se pelo planeta empreendimentos que organizam produção, comércio e finanças segundo valores e lógicas de solidariedade. Carola Rentjes, uma das referências internacionais desse universo, inaugura, no Le Monde Diplomatique Brasil, uma coluna sobre ele
Por tradição, quando falamos de economia (local e global, micro e macro), militantes, movimentos, pensadores e intelectuais da denominada esquerda [1] têm mantido uma atitude ambígua ante o terreno lamacento que a rodeia, associando-a, per si, com economia globalizada, a cara oculta da democracia, a mão invisível (mas onipotente) do mercado e o capitalismo em suas expressões mais excludentes.
Ante essa associação negativa, os mesmos atores têm preferido, em sua grande maioria, excluir o terreno econômico de sua intervenção cívica e política. Em sua agenda social e política entraram reivindicações dirigidas à economia globalizada- neoliberal- neoconservadora — mas não visões alternativas do mundo econômico. Teremos limitado nossa capacidade criativa de visualizar e construir outro mundo possivel a propostas e alternativas do âmbito social, político e cultural — sem vislumbrar outra economia possível?
Entretando, milhares de pessoas — formiguinhas em todos os cantos no mundo — não somente se atreveram a sonhar com outra economia mas também a estão construindo. Passo a passo, ladrilho por ladrilho. A utopia é o máximo do possível. E esse axioma vale, também, para o mundo da economia, como bem demonstram tais iniciativas de economia alternativa e solidária.
Elas surgem da necessidade de dar resposta à progressiva deterioração social, econômica e cultural que vivem as populações, devido à da crescente desumanização da economia, à degradação do meio-ambiente e da qualidade de vida, à falta de valores éticos, à piora paulatina do nível de cultura e de educação. As conseqüências mais evidentes dessa desumanização da economia são: o aumento da pobreza e as desigualdades sociais, afetando em especial a população vunerável (mulheres, menores, indígenas, etc.), a exclusão social e econômica, o desemprego e o emprego precário. A magnitude dos problemas que impregna nossa realidade cotidiana nos afeta, nos implica, nos põe diante de desafios e nos exige respostas que se desviem de tais carências e injustiças.
A Economia Alternativa e Solidária é uma forma de gerir a economia e a sociedade, e engloba todas as atividades da cadeia produtiva/comercial /financeira, até o consumo. Com seu enfoque global e sua marca ética, contribui para democratizar e socializar a economia e democratizar a sociedade.

Um mundo de novas práticas e princípios

A nova economia consiste em produzir critérios ambientais e sociais, organizar as iniciativas sociais e empresariais, e os que nela trabalham em entes auto-gestionados. Significa produzir, gerir, comercializar e consumir com critérios éticos. Depositar a poupança em sistemas financeiros baseados em solidariedade. Consumir produtos ecológicos ou de comércio justo. Usar dinheiro social ou moeda local. Tecer redes de troca solidária, de desenvolvimento local, ou de serviços da proximidade, educativos ou culturais. Todas essas manifestações contribuem no dia-a-dia — e a partir do setor econômico — para construir outra globalização.
O leque de setores envolvidos é extenso. Um elemento unificador é a busca e realização de atividades econômicas de alto componente social, ambiental e solidário. Diferentes realidades e redes setoriais representam, em todas as regiões do planeta, a face mais conhecida de tal realidade: consumo ético, finanças solidárias, comércio justo de bens e serviços. Agroecologia e agricultura sustentáveis. Meios e redes de comunicação alternativa. Desenvolvimento local, desenvolvimento rural, projetos comunitários no meio urbano. Diálogos interculturais. Sistemas de trocas solidárias e de moeda local e consumo responsável são algumas das tentativas concretas de resposta coletiva e criativa na busca de outra economia possível.
Nos últimos anos, o lema do Fórum Social Mundial tem ganhado notoriedade: Outro mundo é possível. A Economia Alternativa e Solidária contribui na construção desse outro mundo. Não existe a possibilidade de transformação política e social se não há transformação econômica.

Suprir desejos, evitando consumismo

Essa aproximação inovadora visa recuperar as raízes da economia, colocando-a a serviço das necessidades de todas as pessoas. Evita-se, assim, que tais necessidades assumam apenas a forma de demanda de mercadorias, que é estimulada pela propaganda consumista do capital e termina varrendo a rica variação cultural que deveria caracterizar um mundo global. O desafio consiste em repensar, reorientar e reconstruir a economia, para colocá-la a serviço do ser humano e da natureza.
O principal sujeito do desenvolvimento político, socioeconômico e cultural deve ser o próprio povo, pessoa por pessoa. Outro mundo é possível, e outro mundo poderá ser construído, somente se alcançarmos a transformação de valores, estruturas e relações econômicas, das pessoas e comunidade para o mundo. Nosso objetivo final é uma mundialização cooperativa da solidariedade, uma economia (do grego eco-nomia) recriada como a gestão e o cuidado (nomia) da casa (oikos), desde o doméstico, o lar e a comunidade local até o Planeta Terra
Tradução: Gabriela Leite


[1] Na hipótese de que tal ente ideológico-homogê neo exista e, é claro, sem a prestensão de querer definir esta esquerda, ou de julgar se existe a esquerda

Fazer casaco com de pele de animal é crime!

http://www.petatv.com/tvpopup/video.asp?video=fur_farm&Player=wm&speed=_med

Campanha de preservação da carne viva

Lembrando ainda o dia 25, dia Mundial sem carne, repasso o vídeo que muitos já viram em inglês.
Pra quem quiser ver, vale a pena, agora em português, o premiado filme produzido em 2003 nos EEUU. Pelo boicote aos produtos das "propriedades familiares", e o fim da crueldade da criação industrial de animais.
Meatrix é um produto do primeiro concurso Fundo de Apoio ao Ativismo promovido pela Free-Range Graphics, uma empresa precursora em design. Em fevereiro de 2003, a Free Range convidou Organizações Não-Governamentais de todo os Estados Unidos a submeterem propostas para concorrer à produção gratuita de um filme flash. Depois de revisar cuidadosamente mais de 50 inscrições, a Ong premiada foi o GRACE com o seu programa Sustainable Table (Mesa Sustentável).
Sustainable Table tem como objetivo alertar os consumidores sobre os problemas das fazendas industriais e também mostrar a importância da escolha diária de comidas sustentáveis, ou seja, mais naturais sem agrotóxicos e produzidas de forma mais saudável. O filme Meatrix foi originalmente produzido como uma forma de promover o Eat Well Guide (Guia Comer Bem), um diretório online oferecido pelo Sustainable Table. Nele, o consumidor encontra uma opção de locais onde encontrar alimentos benéficos que incluem desde carne, frango a laticínios e ovos, produzidos até mesmo por pequenas fazendas familiares, tanto nos Estados Unidos como no Canadá.
Dias após o lançamento do Meatrix, o seu sucesso logo se tornou evidente como uma excelente ferramenta no processo de conscientização sobre o problema mundial da agricultura industrial. O filme também quebrou recordes de público considerando o fato de ser um produto de cunho ativista. Somente nos primeiros meses da sua estréia milhões de pessoas assistiram à fita.
Em 2005, Sustainable Table percebeu a necessidade de se criar um novo filme. A indústria de laticínios move-se cada vez mais em direção ao sistema de produção industrializado, o que leva ao deterioramento do meio-ambiente, animais e seres-humanos. Então, surgiu o filme Meatrix II: Revolting. O filme que aborda os horrores da indústria de laticínios oferece junto a website um leque de informações para os consumidores em geral e também soluções sustentáveis para resolver o problema da agricultura industrial.
Sinopse

Criado pela Free Range Graphics para o programa Sustainable Table do GRACE’s, Meatrix é uma animação humorística, em flash, de apenas quatro minutos de duração . A película é uma sátira ao filme Matrix e chama atenção do público aos problemas causados pelas fazendas industrias.
Ao invés de Keanu Reeves, a estrela de Meatrix é um jovem porquinho, o Leo, que vive numa agradável propriedade familiar... e é isso o que ele pensa. Leo é abordado por um boi, vestindo um sobretudo preto, o Moopheus, que mostra a ele a dura verdade sobre o agronegócio. Uma paródia ao filme Matrix. No final do filme, o espectador é direcionado para uma "página de ações" que oferece informações adicionais sobre as fazendas industriais e encoraja os consumidores a apoiarem as propriedades familiares locais e a adquirirem carne orgânica assim como alimentos produzidos de forma sustentável como laticínios e ovos. Estas informações podem ser encontradas no site Eat Well Guide (Guia Comer Bem).
Meatrix está obtendo um sucesso sem precedentes para um filme ativista online. Desde o seu lançamento em Novembro de 2003, Meatrix tem sido visto por todo o mundo e já foi visto online www.themeatrix.com por mais de 10 milhões de pessoas.

The Meatrix

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Humanidade x Terra,

Do Parasitismo a Simbiose* ou uma Relação Rompida.

Qual é o papel da universidade para atingir a visão de um mundo onde, humanos vivam em harmonia com a natureza? O que a Universidade deve ensinar sobre a natureza? O que a universidade tem que aprender sobre a natureza, e a natureza? O que tem ela de aprender e ensinar sobre o devido respeito à vida nesse planeta-lar? Isso não é meramente uma tarefa para as ciências; é um desafio para as humanidades.”

(Extraído do livro, Ética da Terra: Um desafio à Educação Liberal, Homes Rolston III).



por Alissa Gottfried

Não tem como negar os sucessivos danos que viemos causando no mundo. Em pouco tempo, comparando com a existência do planeta, a humanidade já modificou drasticamente a geografia. A vida humana se torna insustentável. Conduzimo-nos assim, ao extermínio de muitas espécies. Não só de animais e plantas, mas também a nossa está em risco. Quais seriam os motivos causadores desse desequilíbrio?

Para estudar essas causas precisamos ter em mente o domínio que o homo sapiens adquiriu sobre a natureza. A técnica, a estratégia, a inteligência são ferramentas que o homo sapiens desenvolveu através de sua experiência na Terra. Desta relação surge a capacidade humana de submeter o mundo às suas vontades, ou seja, com o conhecimento o homem se tornou o "rei" na Terra. A partir daí a civilização é construída e esse reinado cresce. A educação torna-se um processo vital para a humanidade, no sentido de que reúne cada vez mais “força imperial”.

Vendo dessa forma a universidade se torna um pólo gerador de energia transformadora, onde, concentradamente, se desenvolvem as capacidades humanas. Mas que direções são dadas à essas forças? Quem decide o que deve e o que não deve ser feito? Quem é mesmo esse rei?

Essa questão não é respondível facilmente, porque, faço parte de uma espécie formada por consciências capazes de deliberar sobre o mundo e sobre si mesmas [o que não necessariamente acontece]. Contudo precisamos notar que toda ação reflete na Existência e interfere na Vida de algum modo. E se ao mesmo tempo em que o conhecimento liberta, pode aprisionar tanto a si próprio como aos outros, somos responsáveis pelo que escolhemos e fazemos. Lembrar disso é indispensável. Esse também seria um dos motivos das universidades existirem. Servir como um espaço pra deliberação das ações-interferências no mundo que co-habitamos.

Programamos nossa vida com pouco alcance global, nos preocupamos muito com o fazer, o ter, o querer... Tá, mas e os porquês? Nas universidades os porquês por mais racionais que tentem ser continuam imediatistas e incoerentes. Não poderíamos nos perguntar então, que valor tem todo esse “desenvolvimento” se não tivermos escolha de não poluir, de não dificultar a vida das futuras gerações, de não gerarmos ainda mais doenças e sofrimento. Além de empobrecer a fauna, a flora, e nossas próprias relações com a vida.

Alguma coisa está errada e o erro talvez não possa mais ser corrigido por nós se não nos considerarmos seres planetários capazes de interagir simbioticamente com o mundo ao invés de apenas uma espécie parasita nociva à saude da sua única fonte parasitada.

...


    * Simbiose é uma relação mutuamente vantajosa entre dois ou mais organismos vivos de espécies diferentes.

    Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Simbiose

sábado, 1 de dezembro de 2007

Curso de Ecologia Doméstica

IPEP - Instituto de Permacultura e Ecovilas da Pampa
Convida para o curso de
Ecologia Doméstica
Atitudes Cotidianas Sustentáveis na sua Casa
A Casa é o espaço onde passamos a maior parte de nosso tempo, nela realizamos a maioria de nossas atividades vitais e também onde acontecem os maiores desperdícios e gastos de energia, assim percebemos a importância de considerarmos e valorizarmos este espaço como nosso templo. O curso tem como proposta apresentar formas e práticas cotidianas para serem realizadas em nossos lares que nos levem em direção à sustentabilidade local e planetária.
Tópicos Abordados:
Definições de Ecologia, Permacultura e zona 1; Segurança hídrica (desperdícios/economia, coleta/armazenamento e reciclagem); Saneamento Ambiental (limpeza doméstica, lixo e reciclagem, banheiros secos, compostagem e minhocários domésticos); Produção ecológica de alimentos na zona 1 (produção intensiva, plantas companheiras, verticalizações, hortas mandalas, espirais de ervas, controle ecológico de pragas, biomineralização); Alimentação Vital (otimização e enriquecimento, brotos e fermentados, conservação natural); Energias renováveis (economia x desperdício, tecnologias solares de aquecimento de água, fogões solares e secadores de fruta); Saúde e medicina natural (plantas locais e farmácias caseiras); Consumo ético e simplicidade voluntária (biorregionalismo, compras coletivas e economia ecológica).
Práticas:
Sabão de óleo vegetal, minhocário para pequenos espaços, brotos, leites vegetais, suco de cactus, panela bruxa, mini-fogão solar, tinturas, identificação de plantas, etc.
Ministrantes:
Juliana Faber: Se dedica à Educação Ecológica, Plantas Funcionais, Consumo e Alimentação Ecológica, além de irradiar a Permacultura e dar cursos e oficinas nessas áreas.

Rodrigo Mendes Nocchi: Acadêmico de Biologia. Bambuzeiro, trabalha com plantação e manejo do bambu, assim como produz móveis artesanais e estruturas em bambu. Ministra oficinas e cursos que abordam o tema.
Amilques Rodrigues: Acadêmico de Oceanologia, no IPEP se dedica a Educação Ecológica e irradiação das técnicas permaculturais.
Data: 15 e 16 de dezembro
Início: 8:00 hs.
Local: CEUACA - Rua Riachuelo, 1355 (Próx. à esquina com a Borges de Medeiros) - Centro - Porto Alegre - RS
Investimento: $100 reais ou $85 reais + 15 verdinhas
Fones: (51) 3249 - 4787 / 9208 -7415 / (53) 3241 - 0665

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Ecosofia, As Três Ecologias.

Os modos de vida humanos individuais e coletivos evoluem no sentido de uma progressiva deterioração. As relações humanas estão, por uma espécie de padronização dos comportamentos, cada vez mais “ossificadas”. A relação da subjetividade com sua exterioridade se encontra comprometida por uma espécie de infantilização regressiva.

O que está em questão é a maneira de viver daqui em diante sobre esse planeta, no contexto da aceleração das mutações técnico-científicas e do considerável crescimento demográfico.

As formações políticas e instâncias executivas parecem totalmente incapazes de apreender essa problemática no conjunto de suas implicações. Apesar de estarem começando a tomar uma consciência parcial dos perigos mundiais mais evidentes que ameaçam o meio ambiente natural de nossas sociedades, elas geralmente se contentam em abordar o campo dos danos industriais e, ainda assim, unicamente numa perspectiva tecnocrática, ao passo que só uma articulação ético-política – a que chamo ecosofia – entre os três registros ecológicos (o do meio ambiente, o das relações sociais e o da subjetividade humana) é que poderia esclarecer convenientemente tais questões.

Em função do contínuo desenvolvimento do trabalho maquínico redobrado pela revolução informática as forças produtivas vão tornar disponível uma quantidade cada vez maior do tempo de atividade humana potencial. Mas com que finalidade? A do desemprego, da marginalidade opressiva, da solidão, da ociosidade, da angústia, da neurose, ou a da cultua, da criação, da pesquisa, da re-invenção do meio ambiente, do enriquecimento dos modos de vida e de sensibilidade?

Não haverá verdadeira resposta à crise ecológica a não ser em escala planetária e com a condição de que se opere uma autêntica revolução política, social e cultural reorientando os objetivos da produção de bens materiais e imateriais. Essa revolução deverá concernir, portanto, não só às relações de força visíveis em grande escala, mas também aos domínios moleculares de sensibilidade, de inteligência e de desejo, tendo em vista que atualmente os modos dominantes de valorização das atividades humanas são:

1.Do império de um mercado mundial que lamina os sistemas particulares de valor, que coloca num mesmo plano de equivalência os bens materiais, os bens culturais, as áreas naturais, etc.;

2. Que coloca o conjunto das relações sociais e das relações internacionais sob a direção das máquinas policiais e militares.

Em se tratando de subjetividade humana temos em questão um sistema de “unidimensionalização” no ocidente assim como o antigo igualitarismo de fachada do mundo comunista que vem dar lugar, assim ao serialismo de mídia (mesmo ideal de status, mesmas modas, mesmo rock etc.).

A instauração, em longo prazo, de imensas zonas de miséria, fome e morte parece daqui a diante fazer parte integrante do monstruoso sistema de “estimulação do Capitalismo Mundial Integrado”.

Assim, para onde quer que nos voltemos, reencontramos esse paradoxo lancinante: de um lado, o desenvolvimento contínuo de novos meios técnico-científicos potencialmente capazes de resolver as problemáticas ecológicas dominantes e determinar o reequilíbrio das atividades socialmente úteis sobre a superfície do planeta e, de outro lado, a incapacidade das forças sociais organizadas e das formações subjetivas constituídas de se apropriar desses meios para torná-los operativos.

Um outro antagonismo transversal ao das lutas de classe continua a ser o das relações homem-mulher. Em escala global, a condição feminina está longe de ter melhorado. A exploração do trabalho feminino, correlativamente à do trabalho das crianças, nada tem a invejar aos piores períodos do século XIX!

A juventude embora esmagada nas relações econômicas dominantes que lhe conferem um lugar cada vez mais precário, e mentalmente manipulada pela produção de subjetividade coletiva da mídia, nem por isso deixa de desenvolver suas próprias distâncias de singularização com relação à subjetividade normalizada.

Se não se trata mais – como nos períodos anteriores de luta de classe ou de chefes da “pátria do socialismo” – de fazer funcionar uma ideologia de maneira unívoca, é concebível em compensação que a nova referência ecosófica indique linhas de recomposição das práxis humanas nos mais variados domínios. Em todas as escalas individuais e coletivas, naquilo que concerne tanto à vida cotidiana quanto à reinvenção da democracia – no registro do urbanismo, da criação artística, do esporte etc., trata-se de se debruçar sobre o que poderiam ser os dispositivos de produção de subjetividade, indo no sentido de uma re-singularização individual e/ou coletiva, ao invés de ir ao sentido de uma usinagem pela mídia, sinônimo de desolação e desespero.

Pelas perspectivas ético-políticas pode-se atravessar questões como racismo, falocentrismo, desastres legados por um urbanismo que se queria moderno, a criação artística liberada do sistema de mercado, a de uma pedagogia capaz de inventar seus mediadores sociais etc. tal problemática, no fim das contas, é a da produção de existência humana em novos contextos históricos.

A ecosofia social consistirá, portanto, em desenvolver práticas específicas que tendam a modificar e a reinventar maneiras de ser no seio do casal, da família, do contexto urbano, do trabalho, etc., a questão será literalmente reconstruir o conjunto das modalidades do ser-em-grupo.

A ecosofia pessoal traz a noção da reinvenção do sujeito consigo mesmo que busca uma maneira de operar que se aproxima mais daquela do artista do que a dos profissionais “psi”, sempre assombrados por um ideal caduco de cientificidade.

Se não houver uma rearticulação dos três registros fundamentais da ecologia, podemos infelizmente pressagiar a escalada de todos os perigos: os do racismo, do fanatismo religioso, dos cismas nacionalitários caindo em fechamento reacionários, os da exploração do trabalho das crianças, da opressão das mulheres, etc.

Trechos do livro: AS TRÊS ECOLOGIAS,

do psiquiatra francês Félix Guattari.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Ecologia Pessoal, Ecologia Social, Ecologia Ambiental

Um dos objetivos da Agenda 21, estabelecida por ocasião da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1992, foi o de promover padrões de consumo e produção que reduzam as pressões ambientais e atendam às necessidades básicas da humanidade.


Nunca houve tanto alimento e, ao mesmo tempo, tanta fome e miséria no mundo.

A degradação do meio ambiente, a agressão aos animais e a exterminação de espécies inteiras colocam em questão o atual padrão de consumo e sua relação com a natureza.

Qual o custo social e ambiental da produção e do consumo de carne ?

Para se produzir 450 gramas de carne de vaca são necessários 3.000 litros de água.

Por ocasião da Cúpula Mundial da Alimentação realizada em Roma, em 1996, a FAO divulgou o dado de que a quantidade de alimentos existente no mundo seria suficiente para fornecer, por pessoa, uma média de 2.700 calorias/dia.

Se apenas um terço dos cereais utilizados na criação do gado fosse destinado ao consumo humano, a média de alimentos disponíveis aumentaria para 3.000 calorias por pessoa/dia.

Como contabilizar a destruição de florestas para formação de pastos ?

Um boi precisa de 3 a 4 hectares de terra e produz em média 210 quilos de carne em um período de 4 a 5 anos. Nesse mesmo tempo e nesta mesma quantidade de terra, colhe-se no Brasil, em média, 19 toneladas de arroz, 8 toneladas de feijão, 34 toneladas de milho, 32 toneladas de soja ou 23 toneladas de trigo.

Mais da metade dos grãos produzidos no mundo são revertidos para alimentação de animais.

Existem muitas razões, além das econômicas, para a abstenção do consumo de carne.

Do ponto de vista da saúde, em países onde se ampliou o consumo de carne, houve maior incidência de doenças cardíacas, câncer e obesidade.

Assegurar o acesso a uma alimentação de qualidade, estimular práticas alimentares e estilos de vida saudáveis constituem eixos de luta em diversos países do mundo, movimentos sociais, ONG´S e inúmeros agrupamentos da sociedade civil em prol da construção de políticas locais de segurança alimentar.

A globalização da economia coloca cada vez mais a segurança alimentar como uma questão de mercado, ao invés de sobrevivência, saude e direito humano.

A indústria da carne é orientada principalmente pelo lucro, ficando a saúde em segundo plano.

Vegano

Nunca houve tanto alimento e, ao mesmo tempo, tanta fome e miséria no mundo.

A degradação do meio ambiente, a agressão aos animais e a exterminação de espécies inteiras colocam em questão o atual padrão de consumo e sua relação com a natureza.

Qual o custo social e ambiental da produção e do consumo de carne ?

Para se produzir 450 gramas de carne de vaca são necessários 3.000 litros de água.

Por ocasião sa Cúpula Mundial da Alimentação realizada em Roma, em 1996, a FAO divulgou o dado de que a quantidade de alimentos existente no mundo seria suficiente para fornecer, por pessoa, uma média de 2.700 calorias/dia.

Se apenas um terço dos cereais utilizados na criação do gado fosse destinado ao consumo humano, a média de alimentos disponíveis aumentaria para 3.000 calorias por pessoa/dia.

Como contabilizar a destruição de florestas para formação de pastos ?

Um boi precisa de 3 a 4 hectares de terra e produz em média 210 quilos de carne em um período de 4 a 5 anos. Nesse mesmo tempo e nesta mesma quantidade de terra, colhe-se no Brasil, em média, 19 toneladas de arroz, 8 toneladas de feijão, 34 toneladas de milho, 32 toneladas de soja ou 23 toneladas de trigo.

Mais da metade dos grãos produzidos no mundo são revertidos para alimentação de animais.

Existem muitas razões, além das econômicas, para a abstenção do consumo de carne.

Do ponto de vista da saúde, em países onde se ampliou o consumo de carne, houve maior incidência de doenças cardíacas, câncer e obesidade.

Assegurar o acesso a uma alimentação de qualidade, estimular práticas alimentares e estilos de vida saudáveis constituem eixos de luta em diversos países do mundo, movimentos sociais, ONG´S e inúmeros agrupamentos da sociedade civil em prol da construção de políticas locais de segurança alimentar.

A globalização da economia coloca cada vez mais a segurança alimentar como uma questão de mercado, ao invés de sobrevivência, saude e direito humano.

A indústria da carne é orientada principalmente pelo lucro, ficando a saúde em segundo plano.

Um dos objetivos da Agenda 21, estabelecida por ocasião da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1992, foi o de promover padrões de consumo e produção que reduzam as pressões ambientais e atendam às necessidades básicas da humanidade.

RAZÕES PARA DESINTOXICAR-SE

Aprendendo a nos desintoxicar descobriremos os segredos da saúde plena. Aprenderemos a prevenir doenças e a evitar os estimulantes artificiais, que mascaram tudo com a falsa idéia de gerar prazer.

Quanto melhor nos sentimos, mais procuramos meios naturais para nos equilibrarmos (sol, água, alimentos vivos, atividade física, lazer, respiração, etc.).

Recorrer às drogas que causam dependência e arruínam a saúde não pode ser considerada uma atitude espiritual.

Quanto mais intoxicados estamos, mais precisamos de estimulantes - cada vez mais fortes - para "manter" o equilíbrio.

Qualquer desequilíbrio em nosso corpo físico muda nossa disposição e provoca distúrbios emocionais. Qualquer emoção provoca uma descarga de adrenalina no sangue - reação ao estresse. Isso cria um bloqueio das funções de eliminação do corpo, elevando o nível de intoxicação e agravando os distúrbios emocionais.

Esse círculo vicioso é interrompido assim que usamos um processo de desintoxicação - precioso meio preventivo e curativo de numerosos desequilíbrios psíquicos.

Muitos distúrbios, que à primeira vista parecem ter apenas causas psicológicas, são transformados pelos processos físicos de limpeza do organismo. A cura de diversas doenças psiquiátricas graves, freqüentemente consideradas incuráveis, mostra isso.

Qualquer intoxicação do corpo e qualquer distúrbio emocional provoca uma diminuição das funções cerebrais. Todo mundo sabe como é difícil raciocinar com clareza após uma refeição pesada.

Descobrir o efeito positivo da desintoxicação sobre as faculdades mentais é apaixonante. A concentração, a memória, a capacidade criativa e intuitiva ficam extraordinariamente aguçadas.

Eu sempre afirmo: intestino preso e corpo intoxicado "emburrecem". Em contrapartida, um corpo desintoxicado fica mais criativo e inteligente. E para fechar, um corpo limpo gera uma harmonia que é sinal da espiritualidade em condição de evolução.

Todas as grandes religiões da história instituíram períodos de descanso do organismo (Shabat, Ramada, Quaresma, jejum ritual) para assegurar a boa condição física durante o ano e criar momentos privilegiados para a vida espiritual.

As técnicas de desintoxicação são instrumentos valiosos para nos libertarmos do condicionamento educacional, dos hábitos sociais nocivos para a saúde, das emoções desequilibradas, dos preconceitos e da intolerância.

A experiência individual é insubstituível quando se trata de aprender, sem fanatismo, a manter a forma física, a equilibrar a vida emocional, a ampliar nossa consciência espiritual.

Os hábitos agradáveis, a refeição saborosa e os pequenos prazeres não devem ser obrigatoriamente abolidos para sempre. Não há como obter saúde com atitudes de disciplina espartana, mas sim por uma sucessão de adaptações sábias.

A DESINTOXICAÇÃO ALIMENTAR

Sempre é salutar aliviar o organismo da sobrecarga alimentar. A energia normalmente consumida para realizar a digestão de alimentos pesados servirá então para realizar uma limpeza e uma regeneração do corpo físico. Os produtos da natureza (frutas, hortaliças, ervas e grãos) são os alimentos que exigem o menor trabalho digestivo.

Além disso, são dotados de extraordinárias propriedades despoluidoras, ou seja, depurativas. Sua riqueza em fibras assegura uma verdadeira "faxina" no tubo digestivo, levando embora, junto com as fezes, uma grande quantidade de toxinas e resíduos.

Graças a seu elevado teor de vitaminas, sais minerais, oligoelementos, enzimas e substâncias biologicamente ativas de todo tipo, os vegetais fornecem aos órgãos de eliminação os elementos de que necessitam para funcionar perfeitamente. Além disso, quando consumidos crus, fornecem ao corpo uma água cheia de vitalidade.

A maioria das hortaliças demanda calorias ao se deslocarem de uma extremidade à outra do tubo digestivo. Na realidade, para digeri-las, o organismo queima mais calorias do que recebe. Isso gera um balanço calórico negativo, provocando uma perda de peso por combustão das gorduras em excesso.

Em alguns trabalhos sérios que consultei, os alimentos estão classificados em quatro categorias, de acordo com o seu grau de VITALIDADE.

Acho este conceito de extrema sabedoria, e toda vez que acesso um esclarecimento de forma tão clara e objetiva, não resisto, compartilho imediatamente:

1) Alimentos que GERAM VIDA - chamados BIOGÊNICOS

São a base ideal da alimentação, usando um ponto de vista qualitativo. São os germes e os brotos dos grãos, dos cereais, das leguminosas, das ervas e das hortaliças.

Germes e brotos são as plantas no início de seu crescimento, portanto extremamente ricas em substâncias que os cientistas chamam de micronutrientes. São as vitaminas, sais minerais, oligoelementos, aminoácidos, enzimas, hormônios vegetais, estimulantes biológicos, etc.).

Ao ingerirmos esse tipo de alimento cru eles irão reforçar a vitalidade das células e permitir que elas se regenerem constantemente.

2) Alimentos que ATIVAM A VIDA - chamados BIOATIVOS

São a base ideal da nossa alimentação do ponto de vista quantitativo.

São as frutas, ervas, hortaliças, leguminosas, nozes (sementes oleaginosas), os bagos, grãos e cereais que já estão maduros e são consumidos em perfeito estado, crus ou deixados de molho.

Os alimentos que geram a vida, e os alimentos que ativam a vida são considerados ALIMENTOS VIVOS.

Foram previstos pela natureza para assegurar a vida e o bem estar do ser humano. Seu consumo traz vitalidade e saúde em qualquer idade.

3) Alimentos que DIMINUEM A VIDA - chamados BIOESTÁTICOS

São os alimentos cuja força vital foi reduzida pelo tempo (alimentos crus por muito tempo armazenados), pelo frio (refrigeração e congelamento) ou pelo calor (cozimento).

Estão inclusos aqui as carnes, o leite e derivados e os ovos.

O consumo de alimentos bioestáticos é o resultado de hábitos sociais. Seu consumo assegura o funcionamento mínimo de nosso organismo, mas provoca o envelhecimento das células, pois não lhes fornece as substâncias vivas necessárias para sua saudável regeneração.

4) Alimentos que DESTROEM A VIDA - chamados BIOCÍDICOS

São os alimentos que predominam na alimentação moderna.

São todos os alimentos cuja força vital foi destruída pelos processos físicos ou químicos de refino, conservação ou preparo.

Os alimentos biocídicos foram inventados pelo homem para sua própria perda. Ganham em praticidade, perdem em qualidade. Ganham em prazer, perdem em saúde.

Açúcar, principalmente o refinado, sal, chá preto, café, chocolate, bebidas alcoólicas, frituras, alimentos industrializados e aditivados, margarina e óleos refinados.

Envenenam pouco a pouco as células com as substâncias nocivas que contêm. É preciso saber que, mesmo em pequenas doses, qualquer produto químico adicionado aos alimentos é tóxico.

Os processos agrícolas modernos e a industrialização introduzem no organismo substâncias que paralisam o instinto alimentar, perturbam a assimilação e bloqueiam a eliminação.

Enfraquecem pouco a pouco o sistema imunológico, causam vários problemas de saúde e abrem portas às chamadas doenças da civilização - doenças cardiovasculares, câncer, reumatismo, diabetes e outras doenças degenerativas, doenças mentais.

Resumindo:

ALIMENTOS DE ALTA VITALIDADE

São os alimentos usados nas receitas da Alimentação Desintoxicante. São fáceis de digerir e apóiam os mecanismos de desintoxicação do corpo à BIOGÊNICOS (geram vida) + BIOATIVOS (ativam a vida).

ALIMENTOS DE BAIXA VITALIDADE

Exigem do organismo grande esforço para serem digeridos, intoxicam e entopem o organismo à Bioestáticos (diminuem a vida) + Biocídicos (destroem a vida).

FINALIZANDO

Agora você já sabe o que deve constar no preparo dos seus sucos desintoxicantes.

E mais, o trabalho com a Alimentação Desintoxicante provoca uma real mudança de contextos e hábitos que vai muito além destes conceitos de seleção dos alimentos. São os novos rituais, a serem praticados com uma consciência em estado constante de expansão.

Existem 2 propostas neste trabalho, a da desintoxicação diária, através de sucos, sumos e lanches desintoxicantes, e a proposta de 1 ou mais dias de desintoxicação intensiva com sucos, sumos e sopas desintoxicantes. Esta desintoxicação intensiva deve ser realizada por pessoas que desejam sair de um processo excessivamente tóxico como parar de fumar ou beber, depressão, obesidade, relacionamentos destrutivos e etc.

De qualquer forma, recomendo para todas as pessoas, principalmente aquelas que estão numa busca determinada por crescer, a desintoxicação diária com a desintoxicação intensiva (de 1 a 7 dias) a cada 1-2 meses.

Existem também a indicação de alguns os novos hábitos como:

Ø O banho consciente

Ø A escovação de toda a pele do corpo

Ø Os exercícios respiratórios

Ø Os exercícios de relaxamento e harmonização dos chacras e meridianos

Ø O exercício de limpeza do chacra da garganta

Ø A prática do silêncio

Conceição Trucom é química, cientista, terapeuta do auto-conhecimento e escritora.

Texto baseado nos livros:

Alimentação Desintoxicante - Conceição Trucom - Edição Independente ( para adquirir entre em contato: mctrucom@ajato.com.br )

Você sabe desintoxicar-se?

domingo, 11 de novembro de 2007

Absorvente Sustentável

Esse site é israelense, que produz e distribui os 'copos de lua', muito melhor que os paninhos pra quem usa, quem dirá para as que ainda usam absorventes vendidos em farmácias...
É um copo feito de borracha natural que recolhe nosso sangue, sem sujeira, e totalmente reutilizável...
Ainda não conheço assim pessoalmente, mas podíamos encomendar juntas muitos destes pra todas nossas queridas irmãs e pelo nosso planeta.
bem, eis a solução!!!

http://www.mooncup.co.uk/

VOCÊ JÁ PAROU PARA PENSAR NO IMPACTO CAUSADO PELO USO DE ABSORVENTES DESCARTÁVEIS?
Se pensarmos a cada mês parece pouco, mas ao longo de um ano e com o passar dos anos vemos que não é tão pouco assim. Uma mulher durante o período reprodutivo utiliza em média de 10 à 15 mil absorventes!!!!! Além disto, para produzir os absorventes descartáveis são utilizados produtos altamente poluentes como alvejantes e desinfetantes. A dioxina, por exemplo, que é um subproduto do processo do branqueamento, é extremamente nociva e tem sido associada a problemas de saúde em humanos e animais, contribuindo para o câncer de mama, deficiências do sistema imunológico, endometriose, defeitos no feto e câncer da coluna cervical.

A lei não regula a composição dos produtos menstruais, assim as indústrias não precisam listar seus componentes na embalagem. Os absorventes e tampões descartáveis são feitos de papel (árvores) alvejado e plástico, e vários tem em sua composição metais, sulfactantes, desinfetantes, fragrância, bactericida, fungicida, gel absorvente, colas, traços de organocloretos entre outras coisas. Estas substâncias químicas são nocivas à saúde da mulher e muitas tem alergias e outros problemas por causa disto, mas na maioria das vezes nem se dão conta.

MAS O QUE FAZER ENTÃO?
Uma alternativa saudável é utilizar Absorventes Ecológicos, laváveis, reutilizáveis e biodegradáveis, são produzidos em tecido de algodão hipoalergênico e tem abas que prendem na calcinha tão bem quanto um absorvente descartável. No Brasil poucas pessoas conhecem, são mais difundidos na Austrália, Europa e EUA, onde existem mais consumidores para produtos ecológicos.

COMO USAR?
É como um absorvente descartável, porém após utilizá-lo, deixar de molho na água por algumas horas (ou de um dia para o outro), sem sabão. Esta água rica em nutrientes pode ser utilizada para regar as plantas e assim você estará reciclando seu ciclo! Depois, você pode lavar direto ou deixar mais um pouco de molho na água e sabão (caso necessário). Para sair as manchas é só deixar quarando no sol com sabão de coco. Pode também ser lavado na máquina de lavar. O absorvente ecológico é como uma calcinha, e deve ser lavado com o mesmo cuidado. Para aumentar a durabilidade recomenda-se utilizar sabão neutro ou de coco e sabão em pó de coco. Não usar alvejantes, pois além de poluir a água você estará diminuindo a durabilidade de seu absorvente. Os absorventes ecológicos duram de 6 a 10 anos, conforme o cuidado que se tenha.

O absorvente ecológico tem as mesmas dimensões de um absorvente descartável, tem uma parte externa (colorida) feita com tecido de algodão e botão de pressão para prender na calcinha e uma parte interna que pode ter uma ou mais camadas conforme a intensidade do fluxo. Quando você estiver fora de casa e não puder colocar de molho na água, é só guarda-lo bem fechadinho e assim que puder lavá-lo. Usar o absorvente ecológico é muito mais fácil do que você imagina. Basta um pequeno esforço para mudar este paradigma da era dos descartáveis. O trabalho de lavá-lo é muito recompensado pelos benefícios ao meio ambiente e sua saúde. Utilizar absorvente reutilizável não é um retrocesso e sim uma forma de minimizar o impacto gerado pela vida moderna. Pense nisto! Faça um teste e veja que não é tão difícil. Divulgue para as pessoas esta forma de se relacionar com seu ciclo.

O IPEMA está produzindo e comercializando o produto através do site www.ipemabrasil.org.br/absorventes.htm . Mas se você sabe costurar e tem uma boa máquina de costura, uma alternativa é produzir seu próprio absorvente. Em anexo seguem as instruções de como fazer para as mulheres mais prendadas!!!!

ABSORVENTES ECOLÓGICOS: COMPRE ESTA IDÉIA!!!!

mais informações:
http://www.coisasdemulher.com.br/abio.htm
--
Cristiana Reis
Engenheira Florestal
Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica
www.ipemabrasill.org.br

Permalonga

Difusão de alternativas permaculturais numa
espécie de diálogo sobre propostas criativas de sustentabilidade no
meio urbano.